terça-feira, 1 de maio de 2012

Despida de minha mocidade, assisti à decrepitude chegar. Levou-me as vistas, levou-me a feição, levou-me os anos. Levou-me as vestes, levou-me os sonhos, levou-me as lembranças. Restaram o silêncio, as rugas e a frígida insônia invernal. A chama trepidante espalha seus raios finais. No jazigo carcomido, repouso e ressono, com o canto distante dos pássaros que desconhecem o vazio de não deixar de existir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário