segunda-feira, 11 de julho de 2016

sobre os textos bonitos, com as cerejeiras e os ipês....

e eu, que tinha textos tão bonitos sobre você florescendo dentro de mim, junto com as cerejeiras e os ipês, porque havia se feito primavera desde que você se aproximara....
e eu, que queria ser a pessoa que você via, naquelas palavras tão bonitas que você usava para falar de mim....
e eu, que acreditei quando você disse que não havia dificuldade nenhuma nisso, então me abri, me expus, e me apeguei ao que você dizia, mais do que às minhas percepções confusas e desconexas...
você achou que eu soubesse, quando eu não sabia. "é por sua causa. só sua". as palavras ecoam e me machucam. não deu tempo nem de publicar algum dos textos bonitos, antes de ouvir um "talvez. ou não" tão recheado de descaso da sua parte.
não consigo entender qual é o prazer de me levantar tanto para me jogar para baixo depois.
não consigo entender o prazer nos joguinhos, no fort-da, nas ações que considero como conclusões sem saber da minha parte.
eu não consigo lidar com essa coisa de quente-frio, perto-longe, esconde-esconde. eu me abri. eu me deixei mostrar. e queria mais. queria que você me conhecesse. queria ficar perto de você. pelo visto, quis demais. eu sou a rainha de espadas. a pedra de gelo. a psicopata. devo me retirar do contato da sociedade e parar de causar mal para os outros - porque eu devo causar muito mal mesmo, para merecer tanta rejeição, tanta migalha, tanto vácuo e ausência das pessoas de quem eu gosto.