terça-feira, 23 de março de 2010

Parce que c'était inoubliable...

Connaissance de la mort
(Pichon-Rivière, 1924)

Je te salue
mon cher petit et vieux
cimitière de ma ville
où j'appris à jouer
avec les morts.

C'est ici où j'ai voulu
me révéler le secret
de notre courte existence
à travers les ouvertures
d'anciens cercueils solitaires.


Nosso poema! ^^


sábado, 20 de março de 2010

But these things take time and I know that I'm the most inept that ever slept...

No matter how much I run, I still feel the way that I'm used to. I'm still me, the one that shouldn't be.

Queria tanto que a minha mãe tivesse conseguido o que ela queria, que eu não existisse. Eu passei a minha vida toda tentando provar praquela ela dentro de mim que eu não era assim tão ruim, pra que ela me desse permissão para existir. E aí eu precisava ser cada vez mais, melhor, perfeita. Porque errar era ter que morrer, ser insuficiente, deixar de existir. Então, cresci com um déficit de amor irreparável, um buraco negro impreenchível como ser. E funciono no m.o. "me ame - me ame mais - me ame muito mais - você nunca vai conseguir me amar o suficiente, tchau".
É por isso que existir me cansa tanto... Porque eu não posso errar, e mais ninguém pode errar. Mas mesmo que as pessoas não errem, ainda não é o suficiente. E mesmo que eu não erre, eu não sou o suficiente. É um poço sem fundo, um buraco negro que suga todo o tempo e espaço... E eu tenho vivido só alimentando isso. (Eu sei que tem uma referência aí mas não consigo pescar... Viver para alimentar um ser que nunca se satisfaz... É de um filme isso, não é? Droga =/ )
Eu ia jogar o Tarot, mas eu nem preciso. Eu sei. Eu consigo novamente ler os sinais. Não é mais esse o problema. O problema é que eu não sei como, concretamente, mudar meu jeito de agir. De um modo que não seja simplesmente pantomímico, um simulacro de mim. Ok, anos de análise... Eu sei. Mas não consigo evitar sentir que estou fodendo comigo mesma cada vez mais. Eu já tive um superego, há não muito. Agora, funciono só no id, só no Princípio do Prazer. Minha tolerância a frustração tá no nível -3 mais ou menos. E se eu entrar em psicose, fico feliz. Porque assim consigo dormir acordada, fugir da realidade...

Engraçado como eu tive este insight... Estava comendo, pensando no tanto que me sinto inadequada e inept, com vontade de comer até explodir, daí a música Helena do Misfits ficava tocando incessantemente na minha cabeça... If I cut off your arms and cut off your legs, would you still love me anyway?... Why don't you love me anyway? Aí eu consegui me tocar que a música não era para quem eu estava pensando... era pra minha mãe! Então entendi a associação livre que meu inconsciente estava fazendo para me mostrar porque eu me sinto tão mal quando eu cometo algum erro... ("Por que você não me ama de qualquer jeito?") É tão verdade que o inconsciente só quer se fazer ouvido... É só prestar atenção com um pouquinho mais de cuidado que ele se revela...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Smiths-me, please... Well, you do, you did ^^

Smiths - Pretty girls make graves
Upon the sand, upon the bay
"There is a quick and easy way" you say
Before you illustrate
I'd rather state:
"I'm not the man you think I am
I'm not the man you think I am"

And Sorrow's native son
He will not smile for anyone

And Pretty Girls Make Graves

End of the pier, end of the bay
You tug my arm, and say:
"Give in to lust, Give up to lust, oh heaven knows we'll
Soon be dust...
"Oh, I'm not the man you think I am
I'm not the man you think I am

And Sorrow's native son
He will not rise for anyone

And Pretty Girls Make Graves
Oh really?

I could have been wild and
I could have been free
But Nature played this trick on me
She wants it now
And she will not wait

But she's too rough
And I'm too delicate
Then, on the sand
Another man, he takes her hand
A smile lights up her stupid face (and well, it would)

I lost my faith in Womanhood
I lost my faith in Womanhood
I lost my faith...

http://bit.ly/bIJCG

Fazia uns dias que eu queria escrever sobre você. Mas... sei lá, cadê, faltava AQUELA coisa simbólica que me fizesse pensar "eu TENHO que escrever isso". Bem, eu tuitei bastante... rs.
Mas pro blog, era isto. Foi isto. Tinha que ser isto. Não... É muito mais. É mais umas 15 músicas do Smiths. Você sabe...
There is a light that never goes out...

Take me out tonight
Because I want to see people
And I want to see life
Driving in your car
Oh please don't drop me home
Because it's not my home, it's their home
And I'm welcome no more
...
Take me out tonight
Take me anywhere, I don't care
I don't care, I don't care
And in the darkened underpass
I thought Oh God, my chance has come at last
But then a strange fear gripped me
And I just couldn't ask

http://bit.ly/14ftF4

E, é claro... Take my hand and off we stride Lalalalalala You're a girl and I'm a boy Lalalalalalalala... Take my hand and off we stride Lalalalalalala I'm a girl and you're a boy Lalalalalala...

Minha vidinha tão rápida, tão caótica, tão me enchendo de vida e tão aumentando minha pulsão de morte... Não dou conta de você, você é tanta. Você é tão mais que eu, e eu sinto que preciso me expandir pra conseguir conter você em mim. Não sinto mais que estou acelerando em busca de uma parede para me parar... Mas você está correndo demais... E para onde nós duas vamos? Você precisa me dizer, meu bem... Você que está puxando a minha mão... Vamos rodar o mundo? Vamos conquistar o mundo? Hmm, alguém disse "histeria"? Bem, eu digo! E aí, continuamos funcionando na histeria ou estacionamos O Carro um pouco? Como saber a hora de diminuir a velocidade ou parar? Am I still ill?

quarta-feira, 3 de março de 2010

O sábado e o segunda

Ele me faz bem física e mentalmente. O ele me faz mal física e mentalmente.
Ele me respeita e cuida; o ele me desrespeita e descuida.
Ele me quer; o ele me usa.
Com ele, fico em paz e segura. Com o ele, fico nervosa e insegura.
Perto dele, fico tranqüila, posso só conversar. Perto do ele, fico querendo ser beijada e jogada contra a parede.
Ele é um Homem. O ele é um menino.
Ele é verdadeiro. O ele nem se conhece.
Ele me admira. O ele quer ser admirado.
Ele escuta e é companheiro. O ele fala e é egoísta.
Ele quer andar devagar. O ele quer andar no ritmo dele.
Por ele é carinho. Pelo ele é doença.

Agora me pergunte qual dos dois é que não sai da minha cabeça. Maldita cabeça.
Preciso desintoxicar.