terça-feira, 20 de julho de 2010

La Force

E se tudo o que eu admirar sobre mim mesma for apenas uma ilusão?

Me dizem para ser forte... Mas o que é ser forte? É correr para qual lado?
Não conseguir pedir ajuda, nem para quem mais o ama, isso é ser forte? Não saber pedir ajuda, não poder chorar, não conseguir admitir seus medos, suas fraquezas... Isso é ser forte? Ou é exatamente o contrário, ser covarde? Se esconder atrás de sua própria muralha, sua própria fortaleza... E ao se deparar com suas limitações, fingir, atuar, colocar a boa e velha máscara de inabalável e inventar desculpas para os outros...?

Será que aprendi a ser forte de verdade ou apenas a agir como se fosse? E, novamente... O que é ser forte?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Será...?

C'est la vie... É tudo o que consigo pensar, quando no meu corpo passam várias memórias. No estômago, a volta às aulas hoje, depois de apenas duas semaninhas de férias. Na pele, além do frio, os planos e os desejos que, ainda não frustrados, mas cada vez mais distantes ou difíceis. Na testa, o hermetismo, a elevação cultural, os estudos abandonados por, enfim, diversos motivos. Na nuca, o relógio biológico (considerando que são 6:48 da manhã, e eu acordei à 1:04) e os maus hábitos já instaurados há tanto. O sentimento de culpa e medo advindo disso. Medo? Sim. Sinto as conseqüências no meu corpo, as limitações e a preguiça se agravando, as dúvidas e autoquestionamentos por vezes me corroendo por dentro e me prostrando (física ou metaforicamente)...
O tempo todo sinto o desejo de mais, de ser mais, de saber mais, de fazer mais... E não consigo. Sinto-me tão intensamente limitada! Eu sei que alguma coisa morreu em mim. Uma centelha de vida que se apagou. Não sei quando e não sei como, mas acho que já fui mais viva do que isto. Será?